A peça “Águas” apresenta cenas com narrativas de dramas particulares, descrições de fenômenos da Natureza ligados à Água nos seus diferentes estados e uma composição visual que mistura os ambientes interno e externo. As ideias estão espalhadas nas imagens: visuais, sonoras. Elas buscam dialogar com a mobilidade da água, do humano. Nossa vontade de pensar o humano caminha com as questões da afetividade, do corpo, da linguagem. E, cada vez mais, temos a certeza de que o processo artístico é misterioso, porque combina essas questões e, ainda, engendra acessos e cria conexões inesperadas com outros artistas, com momentos de vida. As relações interpessoais e as dimensões do mental, do desvio, da analogia, podem sim realizar algo afinado com um lugar íntimo e com o próprio caminho que a obra toma. A ideia vibra a ponto de afetar o momento presente das pessoas que estão criando juntas. E sempre é um desafio, porque geralmente, no início, são intuições ou sensações difíceis de definir, junto a uma razão que combina – junto a um corpo alerta. Assim, o próprio processo vai se revelando, tomando corpo, gerando novas conexões, problematizando as ideias postas.
Estreou dia 07 de novembro de 2013 no Centro Cultural Vila Hauer.