Ficha Técnica
Texto e direção – Olga Nenevê
Direção de movimento – Marila Velloso
Preparação vocal e trilha musical – Edith de Camargo
Figurino e cenário – Eduardo Giacomini
Maquiagem – Marcelino de Mirandha
Iluminação – Luiz Nobre
Reflexão antropológica – Selma Baptista
Design gráfico – Alessandra Nenevê
Assessora de Imprensa – Ana Reimann
Produção – Obragem Teatro e Cia.
Assistente de Produção – Geane Saggioratto
Elenco - Ana Reimann (Olímpia), Eduardo Giacomini (Dr. Spalanzani), Fernando de Proença (Natanael), Geane Saggioratto (Clara), Janaína Spoladore (Olímpia)
O Ponto Imaginário reflete o comportamento, o automatismo e a degenerescência do homem, por meio das questões de identidade, corpo e figura humana.
Inspirado no conto O homem da areia, de E.T.A. Hoffmann, escrito em 1815, a peça narra a história do estudante Natanael, que está longe da família e da noiva Clara, com o objetivo de terminar seus estudos.
Natanael esquece seu amor por Clara, quando conhece Olímpia, filha de seu professor de física Spalanzani. Ao descobrir que Olímpia é um autômato, criado por Spalanzani e Coppola, um vendedor de óculos, lentes e lunetas, que lhe traz memórias da infância e de seu falecido pai, Natanael sofre um surto de loucura. Após um pequeno período de recuperação, o jovem estudante acaba por enlouquecer definitivamente.
A montagem explora a metáfora, contida no conto, sobre o duplo e a alienação, pois o amor narcísico de Natanael por Olímpia é uma alegoria sobre a deturpação das qualidades humanas. O homem está desaprendendo a ser sensível, sente-se incapaz de comunicar-se com outro ser humano e busca conforto na máquina.
O ponto Imaginário dá vazão ao imaginário das pessoas, pois propicia pontos de encontro entre a sociedade e a cultura, aproxima a arte da vida. Na encenação, o uso de objetos de locomoção como o veículo, os patins e a bicicleta, criam imagens que despertam os sentidos e o inconsciente dos espectadores.
Estréia: na Escola São Braz dia 17/11/2005.